A Justiça Federal suspende o leilão do terreno do Gasômetro, onde o Flamengo planeja construir um estádio próprio. O espaço, na Zona Norte do Rio, era da Caixa Econômica Federal e foi desapropriado pela Prefeitura, com o Rubro-Negro sendo o principal postulante ao certame, que estava marcado para esta quarta-feira (31).
Na decisão desta terça (30), o juiz Marcelo Barbi Gonçalves, da 7ª Vara Federal, acatou ação popular movida por Vinícius Monte Custódio. No pedido, ele argumentou a falta de informações sobre elementos da desapropriação e que o decreto publicado município não apresentou indícios legais para essa ação.
Na análise do corregedor-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio, Paulo Victor Lima, a situação pode ser revertida.
O advogado do Instituto Brasileiro de Cidadania, Gabriel de Britto, considerou como prudente a liminar.
Na segunda-feira (29), na sede do Flamengo, na Gávea, na Zona Sul, o Conselho Deliberativo do Rubro-Negro aprovou por maioria a participação no leilão para a compra do terreno do Gasômetro. O menor lance previsto no leilão era de R$ 138.195.000 e precisa ser à vista, conforme descrito no edital.
Antes, a Caixa Econômica Federal havia entrado com recurso em segunda instância para anular o decreto da Prefeitura do Rio que desapropriou o terreno do Gasômetro. A alegação do banco é de que houve desvio de finalidade da medida para beneficiar apenas um envolvido, no caso o Flamengo.
Procurados, o Time da Gávea e a Prefeitura ainda não se manifestaram sobre o assunto.