A Justiça do Rio realiza nesta terça-feira (10) o primeiro dia de audiência de instrução e julgamento do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, mais conhecido como Suel, acusado de participar da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Ele foi preso pela segunda vez em julho deste ano, depois que a Polícia Federal assumiu as investigações do caso, no início do ano. Em 2021, ele foi condenado por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto.
Maxwell deve ser ouvido por videoconferência, já que está em um presídio de segurança máxima, na capital federal, para onde foi transferido no mesmo mês em que foi preso. Também estão previstos os depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação.
Suel foi citado durante delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz. De acordo com ele, o ex-bombeiro monitorava a rotina de Marielle e teria participado, um dia após o crime, da troca de placas do carro usado no assassinato, além do desmanche do veículo, e se desfeito das cápsulas e munição usadas.
Além de ser réu por homicídio, Maxwell também responde por receptação. Ele e o policial reformado Ronnie Lessa, preso acusado de ser um dos autores do assassinato, são ainda suspeitos de comandar um esquema de exploração ilícita de serviços de televisão e internet em bairros da Zona Norte. Contra eles, em agosto, novos mandados de prisão foram decretados. Segundo a polícia, as quantias adquiridas com a atividade criminosa eram usadas para manter financeiramente as famílias de Ronnie e Élcio, depois da prisão deles em 2019.
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz vão a júri popular, mas ainda não há data definida.