Justiça prorroga prisão de investigados contra o PCS LAB

A juíza destacou que há elementos para a manutenção da prisão temporária e que a liberdade dos investigados poderia colocar em risco as investigações

Por João Boueri

Justiça prorroga prisão de investigados contra o PCS LAB
Polícia Civil no laboratório PCS
TV Band

A Justiça do Rio prorrogou os quatro mandados de prisão temporária no âmbito da investigação da Polícia Civil sobre o laboratório PCS LAB, que pode ter atestado dois resultados falsos e que permitiram que receptores de transplante de órgãos passassem a viver com HIV.

O sócio-proprietário Walter Vieira e os três funcionários Cleber de Oliveira Santos, Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis estão presos. Os mandados que tinham sido expedidos por cinco dias foram prorrogados pelo mesmo período.

A defesa de Jacqueline Assis tinha pedido a revogação da prisão, mas a solicitação foi negada pela Justiça, que destacou a ausência de prova ou alegação nova que pudesse gerar uma determinação de liberdade provisória.

Na decisão, a juíza Aline Abreu Pessanha destacou que há elementos para a manutenção da prisão temporária e que a liberdade dos investigados poderia colocar em risco as investigações que são feitas pelas autoridades.

A magistrada também citou uma "suposta associação criminosa envolvida na elaboração de laudos médicos falsos que causaram a transmissão do HIV em vários pacientes receptores de órgãos."

Por meio dos depoimentos colhidos com os funcionários, os investigadores já sabem que houve uma determinação do laboratório para que as checagens dos reagentes fossem de forma semanal e não mais diária.

A nova política da empresa entrou em vigor em janeiro deste ano, mesmo mês em que o primeiro laudo com falso-negativo foi emitido pelo PCS LAB. O resultado permitiu o transplante de órgãos infectados.

Além da Polícia Civil, o caso é investigado pela Polícia Federal, Ministério da Saúde, Ministério Público do Rio e Secretaria de Estado de Saúde.

A PF estuda a possibilidade de pedir o compartilhamento das provas obtidas pela Polícia Civil do Rio, que realizou uma operação na segunda-feira (14) para cumprir, além dos mandados de prisão, 11 mandados de busca e apreensão. Diversos documentos foram recolhidos e são analisados na Cidade da Polícia, na Zona Norte da capital fluminense.

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