A Justiça do Rio já ouviu oito testemunhas, entre acusação e defesa, no julgamento do policial militar Alessandro Marcelino de Souza, acusado do homicídio de Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos. O jovem foi morto durante uma ação policial em Manguinhos, na Zona Norte, em 2014. O júri popular começou na terça-feira (5) e foi retomado nesta quarta (6), conduzido pela magistrada Tula Correia de Melo. São esperadas mais duas testemunhas de defesa.  

Quatro moradoras da localidade foram ouvidas como testemunhas de acusação. 

Já as testemunhas de acusação são os policiais militares que fizeram parte da operação. Larissa Elaine já foi ouvida e Marcelo Nicolau é ouvido neste momento. Em seguida, estão previstos os depoimentos de Alexandre Veiga e Anderson Santos.

Antes do início da sessão, o movimento das Mães de Manguinhos realizou um ato em frente ao Tribunal de Justiça com apoio da Anistia Internacional. A mãe de Johnatha, Ana Paula, aguarda justiça.

O julgamento acontece quase dez anos depois da morte de Johnatha durante uma operação policial na localidade conhecida como Barrinho no dia 14 de maio de 2014. Segundo as investigações, ele levava a namorada para a casa, quando aconteceu uma confusão entre policiais e moradores da região. O jovem foi morto com um tiro nas costas.  

Um ano antes da morte, em 2013, o policial militar Alessandro Marcelino tinha sido preso por triplo homicídio em Queimados, na Baixada Fluminense, mas foi solto e voltou a trabalhar nas ruas.