Justiça do Rio admite erro e revoga a prisão do ex-vereador Jerominho

Jerominho e o irmão, Natalino Guimarães, ficaram presos entre 2007 e 2018

Pedro Dobal

Jerominho negou as acusações e questionou a condenação contra ele Imagens cedidas
Jerominho negou as acusações e questionou a condenação contra ele
Imagens cedidas

A Justiça do Rio revoga a prisão do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho. Ele tinha sido preso pela Polícia Civil na semana passada, acusado de ser responsável por extorsões sofridas por motoristas de van em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio e deixou a cadeia nesta terça-feira (1º).

O crime aconteceu em 2005. Na decisão, o juiz Marcelo Rubiolli, da Vara de Execuções Penais, reconheceu que a sentença foi expedida em relação ao mesmo processo no qual o réu já tinha cumprido pena em presídio federal.

O advogado Flávio Fernandes, que faz parte da defesa de Jerônimo, classifica a prisão como ilegal e celebra a revogação da medida.

Jerominho e o irmão, Natalino Guimarães, ficaram presos entre 2007 e 2018. O advogado criminalista Luan Palmeira explica que o erro aconteceu porque o recurso apresentado pela defesa de Jerominho só foi julgado depois dele já ter cumprido toda a pena.

Ele foi condenado lá atrás, foi dado início ao cumprimento da pena dele e os advogados recorreram visando a reforma da sentença. Entre o início do cumprimento da pena e o trânsito em julgado da sentença, ele cumpriu a pena que havia sido imposta.

Segundo a Polícia Civil, Jerominho também é apontado como um dos fundadores da principal milícia do Rio de Janeiro, a Liga da Justiça. De acordo com a corporação, o grupo atua na Zona Oeste da cidade e é acusado de homicídios, extorsões e comércio irregular de água e gás.

No mês passado, a filha de Jerominho, Helen Patrícia Guimarães, chegou a ser nomeada para um cargo de confiança no Governo do Estado, mas a medida foi revogada. Ela tinha sido escolhida para uma função na Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento.

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