A Justiça do Rio determina o uso de tornozeleiras eletrônicas para os dez torcedores uruguaios que tiveram a prisão preventiva substituídas por medidas cautelares. Eles estiveram envolvidos na confusão na praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade, no fim de outubro, antes da partida entre Botafogo e Peñarol pela Libertadores.
O grupo já foi solto e tem até cinco dias para comparecer a uma das bases do Núcleo de Monitoramento Eletrônico da Secretaria de Administração Penitenciária para a instalação da tornozeleira.
De acordo com o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio, a decisão pelo monitoramento tem como objetivo monitorar os indiciados e prevenir a evasão do país. As medidas cautelares incluem o comparecimento em juízo a cada dois meses, impedimento de deixar o país até o julgamento, que ainda não tem data marcada, e proibição de frequentar eventos esportivos.
Impasse com o Ministério Público
O Ministério Público do Rio solicitou que a Justiça reconsidere a decisão que mandou soltar 10 dos 21 torcedores uruguaios presos. O pedido acontece após um impasse sobre qual vara deveria julgar os acusados.
Enquanto o MP defende que o processo seja conduzido por uma vara criminal comum, o juiz Marcelo Rubioli entende que ele deve permanecer no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio.
Com a demora para definição do caso, eles foram soltos ontem depois que o juiz determinou a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares. A Justiça entendeu que eles estavam muito tempo presos sem que o MP oferecesse uma denúncia.
Segundo o TJRJ, o pedido de reconsideração da decisão ainda não consta no processo.