A Justiça do Rio determinou nesta terça-feira (22) a prisão preventiva de Matheus Vieira, sócio do laboratório PCS e primo do deputado federal Dr. Luizinho. Ele é investigado pela infecção por HIV de seis pacientes após transplante de órgãos.
Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira e outras cinco pessoas se tornara rés por decisão da juíza Aline Abreu Pessanha, após denúncia do Ministério Público do Rio. Elas vão responder por associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica.
O MP argumenta que os investigados podem destruir provas e documentos que prejudiquem o andamento das investigações.
Os nomes do pai de Matheus, Walter Vieira, e de outros quatro funcionários do PCS Saleme também aparecem no documento assinado pela promotora Elisa Ramos Pittaro Neves. Com exceção de Matheus, todos os citados já estão presos.
O documento citou que os réus colocaram em xeque o sistema de transplantes do Brasil e que eles tinham conhecimento que os pacientes que recebem órgãos recebem imunossupressores para evitar rejeição, e que qualquer doença em um organismo já fragilizado, principalmente HIV, seria devastadora.
A promotora argumentou ainda que os sócios apenas visaram o lucro.
A funcionária do PCS, Jacqueline Iris Barcellar, também é ré por falsificação de documento particular por ter apresentado um diploma falso. O advogado dela, José Felix, disse que ainda analisa o documento, mas que a cliente é inocente.
Já o advogado de Adriana Vargas, Leonardo Mazuuti, repudiou a denúncia. Ela era coordenadora do laboratório e foi apontada como responsável por ter dado a ordem de alterar a peridiocidade do controle de sorologia.
Em nota, o Laboratório PCS Saleme afirmou que, em defesa dos sócios, considera arbitrário o pedido de prisão de Matheus Vieira, que se apresentou voluntariamente para depor à polícia e segue colaborando com as investigações no âmbito penal e administrativo.
Procuradas, as defesas de Cleber de Oliveira Santos e Ivanilson Fernandes, ainda não se manifestaram.
A Delegacia do Consumidor da Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou as seis pessoas pelos crimes de lesão corporal gravíssima por enfermidade incurável, associação criminosa, falsidade ideológica e por induzir consumidor a erro. Há ainda o indiciamento por falsificação de documento particular, para Jaqueline Iris Barcellar.