A Justiça do Rio condenou a empresa Tecnologia Organizacional, a TO Brasil, responsável pelas obras do Edifício Liberdade, que desabou em 2012 e deixou 22 pessoas mortas.
Na época, outros dois prédios, da Avenida Treze de Maio, também caíram por causa do impacto. Cinco corpos nunca foram encontrados nos destroços.
O resultado acontece após pedido da Defensoria Pública do Rio, que apontou que obras realizadas na estrutura interior sem acompanhamento de profissionais técnicos como um dos motivos da queda.
Segundo o órgão, os desembargadores entenderam que a empresa deve reparar os familiares das vítimas de forma integral, com pagamento por danos morais, materiais e pensão mensal para os parentes que eram dependentes financeiramente das vítimas fatais.
No entanto, a Defensoria ainda vai recorrer para que o município do Rio também seja responsabilizado, já que foi afastado qualquer pagamento de indenização pelo Município do Rio em relação à queda, como explica o defensor público Luís Zouein.
Em nota, a empresa afirma que vai recorrer à decisão. A TO Brasil alega que a Justiça não considerou o laudo pericial que indica que a obra feita no 9º andar não teria impacto na estrutura do prédio.
A Procuradoria do Município do Rio esclarece que as reformas realizadas em áreas internas e privadas não são atribuição do Município e que, portanto, não lhe cabe a responsabilidade pelos danos causados por obra de condômino.