O modelo Bruno Krupp, réu por atropelar e matar um adolescente de 16 anos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, deve deixar o sistema penitenciário na manhã desta quarta-feira (29). O Superior Tribunal de Justiça substituiu o mandado de prisão preventiva por medidas cautelares.
A decisão é do ministro Rogério Schietti Cruz. Ele alegou que não há motivos para manter a prisão preventiva do modelo e que Krupp é réu primário, portador de bons antecedentes e está preso há oito meses. O magistrado destacou ainda, na decisão, que a revogação do mandado de prisão não altera o curso do processo. O alvará de soltura já foi expedido pelo juiz Gustavo Gomes Kalil.
O modelo terá que entregar o passaporte e comparecer mensalmente em juízo, a começar em abril. Além disso, Bruno Krupp teve o direito de dirigir suspenso. Ele também terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno e vai utilizar tornozeleira eletrônica. O descumprimento das medidas cautelares pode restabelecer o mandado de prisão.
Em novembro, durante a primeira audiência de instrução e julgamento do processo, o modelo confessou que pilotava a moto a mais de 100 quilômetros por hora quando atropelou e matou o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, em julho do ano passado. A velocidade máxima da via é de 60 quilômetros por hora. O acusado disse que respeitava a sinalização e que bateu em João quando o adolescente correu para tentar escapar de ser atropelado. Ele chegou a pedir desculpas à mãe e à família de João Gabriel.
O habeas corpus foi solicitado pela defesa do modelo, representado pelos advogados Ary Litman Bergher, Daniela Pereira Senna e Rachel Glatt.