Justiça determina que documentos de ação contra Ceperj sejam compartilhados

Procuradoria Regional Eleitoral terá acesso aos documentos para apurar se houve algum crime eleitoral

Pedro Dobal

Fundação Ceperj enfrenta ação civil pública
Reprodução/Google Street View

A Justiça do Rio determina que todos os documentos que integram a ação civil pública relacionada a possíveis irregularidades na Fundação Ceperj sejam compartilhados com a Procuradoria Regional Eleitoral. A decisão desta quarta-feira (24) da juíza Roseli Nalin, da 15ª Vara de Fazenda Pública, tem como objetivo apurar se houve algum crime eleitoral.

Na ação, o Ministério Público do Rio aponta a existência de uma "folha de pagamento secreta" na fundação, com a criação de mais de 18 mil cargos em pleno período pré-eleitoral. As investigações mostram que as despesas somam mais de R$ 226 milhões de reais entre o final de 2021 e julho deste ano. Além disso, os funcionários eram pagos em espécie, na "boca do caixa".

O MP ainda identificou, em conjunto com o Tribunal de Contas do Estado, 941 situações de acumulação irregular de vínculos públicos e 210 pagamentos destinados a agências bancárias fora do Estado do Rio. Os órgãos também constataram que diversos candidatos aos cargos de vereador e deputado estadual nas últimas eleições foram contemplados pelos pagamentos.

Em uma resposta encaminhada ao TCE, a própria Fundação Ceperj admite que as contratações não foram publicadas no Diário Oficial.

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