A Justiça do Rio determina que todos os documentos que integram a ação civil pública relacionada a possíveis irregularidades na Fundação Ceperj sejam compartilhados com a Procuradoria Regional Eleitoral. A decisão desta quarta-feira (24) da juíza Roseli Nalin, da 15ª Vara de Fazenda Pública, tem como objetivo apurar se houve algum crime eleitoral.
Na ação, o Ministério Público do Rio aponta a existência de uma "folha de pagamento secreta" na fundação, com a criação de mais de 18 mil cargos em pleno período pré-eleitoral. As investigações mostram que as despesas somam mais de R$ 226 milhões de reais entre o final de 2021 e julho deste ano. Além disso, os funcionários eram pagos em espécie, na "boca do caixa".
O MP ainda identificou, em conjunto com o Tribunal de Contas do Estado, 941 situações de acumulação irregular de vínculos públicos e 210 pagamentos destinados a agências bancárias fora do Estado do Rio. Os órgãos também constataram que diversos candidatos aos cargos de vereador e deputado estadual nas últimas eleições foram contemplados pelos pagamentos.
Em uma resposta encaminhada ao TCE, a própria Fundação Ceperj admite que as contratações não foram publicadas no Diário Oficial.