Miliciano Pet intermediava compra de armas pelo 'Bonde do Zinho' no Rio

Na última quinta (26), a Justiça aceitou uma denúncia do MP e converteu a prisão temporária dele em preventiva

Por Pedro Dobal

Peterson Luiz de Almeida, também conhecido como Pet ou Flamengo, estava desde agosto no Pr
Reprodução

O miliciano que foi solto mesmo com a prisão decretada pela Justiça, além de integrar o alto escalão da milícia chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, também intermediava a compra das armas que eram usadas pelo grupo. As informações são do Ministério Público do Rio.

Peterson Luiz de Almeida, também conhecido como Pet ou Flamengo, estava desde agosto no Presídio José Frederico Marques, em Benfica. Na última quinta (26), a Justiça aceitou uma denúncia do MP e converteu a prisão temporária dele em preventiva.  

Na segunda-feira (30), porém, um oficial de Justiça esteve na penitenciária e foi informado que o réu havia sido solto no domingo (29).

A Secretaria de Administração Penitenciária afirma que o prazo da prisão temporária chegou ao fim e que o comunicado sobre a conversão da prisão em preventiva foi enviado para um e-mail que está desativado há cinco anos. A pasta diz que alertou a Justiça sobre a validade da prisão temporária, mas não obteve resposta. A Seap também afirma que, antes de soltar o miliciano, recebeu um "nada consta" da Polícia Civil e consultou o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, que não mostrava nenhum mandado em aberto.

Na manhã desta terça-feira (31), o mandado de prisão preventiva contra Peterson voltou a aparecer no sistema.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Rio disse apenas que o oficial que foi intimá-lo da prisão preventiva foi avisado que ele já estava em liberdade. Horas depois, o juiz Richard Robert Fairclough deu um prazo de 48 horas para que a Seap preste esclarecimentos sobre a liberação do miliciano.

Peterson é réu por integrar milícia privada, receptação, extorsão, corrupção ativa, porte ilegal de arma de fogo permitido, posse ou porte de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de arma de fogo.  

Em 2021, outro chefe do crime organizado também saiu da cadeia pela porta da frente. O traficante Wilton Carlos Quintanilha, conhecido como Abelha, saiu do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, mesmo com mandado de prisão ativo e não voltou ao presídio. O então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, chegou a responder por associação para o tráfico, investigado, entre outras coisas, por um possível acordo com criminosos para a soltura de Abelha.

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