Moradores de um condomínio da Barra da Tijuca vão entrar com um recurso contra a decisão da Justiça que permitiu a venda de parte da Praça Gilson Amado. O espaço fica às margens da Avenida das Américas.
No ano passado, a empresa Green Limpeza e Coleta de Lixo venceu a licitação do terreno por R$ 33,5 milhões. No entanto, o processo tinha sido suspenso, após uma ação dos moradores do Condomínio Riviera Dei Fiori. Eles tinham o Termo de Permissão de Uso da praça, ou seja, a autorização para utilização privada do bem público. Pagavam R$ 12 mil por mês e ficavam responsáveis pela manutenção da área e de um campo de futebol ao lado.
Nessa terça-feira (5), a Justiça do Rio revogou a liminar que suspendia a licitação e permitiu a continuação do processo. Agora, a permissão de uso para os moradores fica restrita à parte com o campo de futebol.
Ainda não há informação sobre o que será feito na praça pela empresa vencedora.
O oceanógrafo David Zee, que mora no condomínio, teme que construções possam causar impactos ambientais negativos.
Tem que ser uma atividade que efetivamente não crie problema para o condomínio. Uma vez que começa a fazer muitas construções, isso impermeabiliza e vai criar problemas, eventualmente com uma chuva mais agressiva. Perto do canal, na rua, às vezes empoça bastante água.
Em nota, a Procuradoria do Município do Rio disse que, com a decisão, não há qualquer restrição judicial que impeça a conclusão da licitação para a alienação do terreno.