Justiça afirma que homem acusado de agredir paisagista cometeu crime durante distúrbio do sono

Vinícius chegou a ficar preso preventivamente, mas a prisão foi revogada em novembro de 2022

Por Gabriela Marino

Justiça afirma que homem acusado de agredir paisagista cometeu crime durante distúrbio do sono
A vítima Elaine Caparroz lamentou a decisão
Divulgação/redes sociais

A Justiça do Rio afirma que o homem acusado de agredir uma paisagista em 2019 na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, não pode ser condenado por tentativa de feminicídio porque estava em distúrbios do sono no momento em que espancou Eliane Caparroz.  

A decisão é da  7ª Câmara Criminal. A vítima, que ficou com o rosto desfigurado, foi agredida por cerca de quatro horas pelo lutador Vinícius Batista Serra. O episódio de violência aconteceu após os dois marcarem um encontro através da internet.  

No texto, o desembargador Joaquim Domingos afirmou que Vinicius era "inteiramente incapaz de compreender o caráter ilícito da sua conduta". Por isso, ele foi considerado inimputável, ou seja, não pode ser responsabilizado pelo crime.

A vítima Elaine Caparroz lamentou a decisão.  

O laudo assinado por dois peritos concluiu que Vinicius tem transtorno de ansiedade e transtorno do sono devido a causas emocionais.  

A médica Andrea Bacelar, especialista em medicina do sono, afirmou que é muito difícil uma parasonia durar mais do que 15 ou 30 minutos, mas afirmou que a pessoa pode se machucar ou machucar quem estiver dormindo também.

Vinícius Batista Serra também não vai precisar pagar a indenização de R$ 100 mil pedida pela vítima. Ele deve continuar o tratamento ambulatorial e pode ser submetido a um novo exame pericial para verificar se há necessidade de ser internado.

Em nota, a defesa de Vinicius disse que a decisão é definitiva, não cabendo mais recursos, uma vez que os prazos legais foram integralmente esgotados. No entanto, a advogada de Elaine, Gabriela Mansur, disse que vai recorrer da decisão.

Vinícius chegou a ficar preso preventivamente, mas a prisão foi revogada em novembro de 2022. 

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