A Justiça do Rio aceita a denúncia do Ministério Público e torna o cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva e a técnica de enfermagem Kellen Queiroz réus por tentativa de homicídio qualificado.
Na decisão desta sexta-feira (19), o juiz Adriano Loureiro Binato de Castro também determinou a manutenção da prisão do médico. Ele ainda proibiu Kellen Queiroz de exercer a enfermagem e de se aproximar do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Bolívar Guerrero Silva está preso há um mês e é suspeito de manter a paciente Daiana Cavalcanti, de 35 anos, em cárcere privado após complicações de um procedimento estético.
Segundo a denúncia do MP, o cirurgião constatou que não conseguia reverter o agravamento do quadro clínico dela e se recusou a transferir a vítima, com o objetivo de ocultar as consequências da sua conduta.
Já Kellen, ainda de acordo com a denúncia, convenceu Daiana a realizar outra cirurgia mesmo debilitada. Ela também teria participado do procedimento apesar de não ter capacitação técnica para isso.
Depois da repercussão do caso, Daiana conseguiu ser transferida para o Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. Hoje, ela pede justiça e torce para voltar para casa o quanto antes.
“Meu maior desejo é que eu saia logo daqui para o meu primeiro abraço ser dos meus filhos porque eu estou morrendo de saudade e o que eu mais quero é ficar com os meus filhos. Quase quatro meses sem pisar na minha casa. Eu quero que eles paguem por tudo”
Na quinta-feira (18), Daiana passou por uma nova cirurgia após ser diagnosticada com um quadro de trombose em um dos seios. Ainda não há previsão de alta.
Bolívar Guerrero Silva responde a mais de 30 inquéritos relacionados a problemas em cirurgias feitas por ele.