O primeiro dia do júri popular dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, começou com expectativa de se estender até às 3 horas da madrugada de quinta-feira (31). A previsão é que o julgamento dure dois dias.
Lessa é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista, enquanto Queiroz é acusado de dirigir o veículo no momento do crime. Sete jurados, todos homens, foram sorteados para a sessão.
Durante o julgamento, nove testemunhas devem depor, incluindo Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado, e familiares das vítimas. Na manhã desta quarta, parentes e apoiadores de Marielle realizaram um ato público pedindo justiça. Luyara, filha da vereadora, destacou que a força da mãe e o apoio recebido têm dado coragem para enfrentar o processo.
Anielle Franco, irmã de Marielle e atual ministra da Igualdade Racial, afirmou que o julgamento é apenas uma parte das investigações em curso.
O planejamento do crime está sendo analisado em outra ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão são acusados de serem os mandantes do assassinato. Além disso, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, responde por obstrução das investigações, e outras duas pessoas também são julgadas por envolvimento no planejamento.