Um juiz do Tribunal Regional Federal da Segunda Região acusado de atuar como coach na internet teve as redes sociais suspensas pela Corregedoria Nacional de Justiça. A determinação é cautelar e acontece enquanto postagens dele são analisadas para verificar se houve infração ao Código de Ética da Magistratura.
Segundo o órgão, o juiz, que não teve o nome divulgado, ensinava técnicas e meios para advogados conseguirem uma "performance" melhor na tramitação de recursos. O magistrado ainda anunciava supostas fórmulas para que os pedidos fossem aprovados com maior frequência e os profissionais recebessem honorários maiores.
Os perfis dele no Twitter, no Youtube, no Facebook e no Linkedin têm mais de 74 mil seguidores.
Atividades como mentoria ou serviços de coach são proibidas aos juízes, mas a prática da docência é permitida. Para a Corregedoria Nacional de Justiça, porém, a linha divisória entre os dois ainda não ficou clara.
O magistrado tem 15 dias para apresentar a defesa. Depois disso, o Plenário do CNJ vai decidir se instaura ou não um processo administrativo disciplinar.
Procurado, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região ainda não se posicionou.