Um jovem tetra-amputado se formou em Direito após reabilitação pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
Vitor Lopes, de 23 anos, precisou passar por quatro amputações provocadas por uma meningite na infância. Em celebração ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o instituto compartilhou a história e o jovem destaca que a deficiência é só uma característica dele e não toda a sua vida.
O setor de Terapia Ocupacional do INTO chegou a fazer uma adaptação para que Vitor pudesse continuar lendo sozinho, depois de um pedido dele.
Além das diversas adaptações feitas pela Terapia Ocupacional, Vitor recebeu também uma prótese confeccionada em tecnologia 3D, que facilita a realização de atividades diárias, como o uso do celular e do computador.
Mas o tratamento no Instituto foi muito além da protetização: desde sua chegada ao INTO, o jovem foi inserido no programa de reabilitação, sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais, fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos.
"Muito da minha forma de pensar, hoje, tem influência direta das conversas e orientações que eu recebi dos profissionais do INTO. Eles me ajudaram a entender meu lugar no mundo, a compreender que antes de eu ser uma pessoa com deficiência, eu sou só o Vitor", conta o universitário.
Na próxima quarta-feira, dia 6, o INTO inaugura a exposição "Um clique para a visibilidade", que reúne fotografias dos pacientes do Instituto que possuem algum tipo de deficiência e exibe mensagens escritas pelos próprios pacientes sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
Fruto de uma parceria entre as áreas de Reabilitação e Humanização com o Centro Cultural do Ministério da Saúde (CCMS), a mostra tem por objetivo dar voz e visibilidade a essas pessoas.
"Essa é uma data que reforça a importância da inclusão social e da garantia de direitos das pessoas com deficiência. A instituição precisa caminhar cada vez mais, buscando não apenas entender, mas também atender as necessidades destas pessoas, ampliando a inclusão", destacam as assistentes sociais do INTO, Mariana Moreira e Rita Canela.
A exposição acontece até o dia 13 de dezembro, no andar térreo do Instituto, que fica na Avenida Brasil, nº 500, Caju.