Se recupera na cidade natal, o mineiro de Juiz de Fora que descobriu que foi ferido por um tiro e não por uma pedrada. O caso aconteceu quando Mateus Facio, de 24 anos, curtia o Réveillon em uma praia de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.
O estudante, que ficou quatro dias com o projétil alojado perto do cérebro, achou que o impacto foi causado por uma pedra.
"Uma explosão muito forte na cabeça. Não entendi o que aconteceu. Um amigo meu perguntou o que tinha acontecido. Você não escutou? Escutou o que? Cara, deve ser alguma coisa da minha cabeça. Não estou entendendo”, afirma o estudante.
Ao perceber um sangramento, Mateus pediu ajuda a um médico que tinha acabado de conhecer. Ele fez um curativo e foi orientado a procurar ajuda caso sentisse dores mais fortes e tontura.
A vítima diz que seguiu a vida normalmente.
"Não senti nada. Fui para festa em Búzios. Festa fechada, completamente bem. Não senti nada. Curti a praia logo depois da festa. No outro dia a tarde fui a praia novamente. Vivendo normal, encontrando meus amigos”, completa Mateus Facio.
Dois dias depois da virada, o jovem voltou para Juiz de Fora dirigindo por mais de sete horas, retornou ao trabalho e chegou a voltar ao Rio para levar um tio.
No dia seguinte, o jovem conta que sentiu uma dor no braço e estava com movimentos involuntários. Mateus foi socorrido pela mãe e ao chegar ao hospital, uma tomografia revelou que o estudante estava com uma bala alojada no cérebro.
A vítima fala sobre o que poderia ter acontecido.
"É uma coisa que a gente nunca vai saber o que aconteceu. Existem suspeitas de acordo com a perícia aqui de Juiz de Fora, onde prestei depoimento, que a possibilidade é que foi um tiro para o alto”, diz o jovem.
Mateus Facio passou por cirurgia para retirada da bala e o ferimento não deixou nenhuma sequela.
Procurada, a Polícia Civil do Rio ainda não se manifestou se foi aberta uma investigação sobre o caso.