Jacarepaguá pode ganhar novo parque municipal no Complexo Lagunar.

Projeto de lei que cria um novo espaço natural na zona Oeste do Rio tramita na Câmara de Vereadores da cidade.

Clara Kury, Helena Vieira

Lagoa do Camorim
Foto/vídeo

Nesta quinta-feira (01), a Câmara de Vereadores do Rio deverá votar um projeto de lei para a criação do Parque Natural Municipal Perilagunar da Lagoa do Camorim, na Zona Oeste da cidade.

Se aprovado, o novo parque será no Complexo Lagunar de Jacarepaguá. Os objetivos centrais dessa iniciativa são a recuperação e estudo da biodiversidade local, além de estímulo ao turismo ecológico e sustentável, diminuição do aumento da temperatura da região e contribuição para a educação ambiental.  A construção do parque também vai contribuir para a geração de emprego e renda para a região.

Os idealizadores do projeto de revitalização da área são o biólogo Mário Moscatelli e a Concessionária de Água e Esgoto Iguá, que contribuem desde 2021 para a recuperação do sistema lagunar da Barra e de Jacarepaguá. Além da limpeza, eles plantaram mudas para cobrir cerca de vinte e cinco hectares de mangue. A área de plantio recebeu 18.500 mudas de mangue-vermelho, espécie nativa no território, cobrindo cerca de 20 mil metros quadrados, o equivalente a dois campos de futebol.

A área possui uma grande biodiversidade, com árvores típicas dos manguezais e inúmeras espécies de aves, além de jacarés, capivaras e outros animais.

“Essa parque é uma proposta que repete um modela que é amplamente utilizado, por exemplo, no estado da Flórida nos Estados Unidos, parques esses tanto públicos quanto privados, onde centenas de pessoas que frequentam essas áreas tem um contato direto com a comunidade vegetal nativa e com sua fauna. E é justamente nesse sentido que vem esse parque Lagunar, que seria o primeiro aqui do município do Rio em termos tanto de acesso quanto um sistema de visitação guiada. Então eu espero que em alguns meses ou no máximo dois anos, nós possamos evoluir pra uma unidade de conservação onde um belo passeio de barco as pessoas vão poder ter contato com a fauna e a flora de uma área que representa o que era o primitivo litoral da cidade do Rio de Janeiro. ”, disse o biólogo Mário Moscatelli para a reportagem da Band.  

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