Em um período de apenas três meses, mais de 250 pessoas morreram em desastres relacionados a fortes chuvas no Rio de Janeiro. Um cenário que se repete a décadas. Em todos os episódios, o mesmo debate: o governo vem investindo e realizando o necessário em formas de prevenção?
Em 2022, Petrópolis, na Região Serrana, foi o município mais afetado, concentrando o maior número de vítimas em fevereiro. Além da Cidade Imperial, Mesquita e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Angra dos Reis e Paraty, na Costa Verde, também sofreram com os impactos em decorrência de temporais.
Para o coordenador do curso de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente da UFF, Márcio Cataldi, um dos principais pontos importantes para evitar novas tragédias é o monitoramento.
Em Petrópolis, o caso é mais grave. Para se ter uma ideia, entre os anos de 1861 e 1862, o então imperador Dom Pedro II já demonstrava preocupação com chuvas na região. Desde a tragédia nos temporais de fevereiro e março deste ano, o município ainda tem cerca de 40 quilômetros de rios sem dragagem.
Na avaliação do professor do Departamento de Engenharia da UFRJ, Antonio Guerra, o poder público não deve se limitar apenas a culpar a natureza, mas sim promover campanhas de conscientização e prevenção.