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Inspetor afirma que alegações de Lessa no caso Marielle não deveriam ser levadas tão a sério

Em depoimento, ele disse, ainda, que não há investigação com mais imagens recolhidas que no caso Marielle e avaliou que o trabalho foi bem conduzido

Por Guilherme Faria (sob supervisão)

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Marielle Franco
Câmara Municipal do Rio

O policial civil Eduardo Matos Fonseca, ouvido pelo Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (30), afirma que as alegações de Ronnie Lessa não deveriam ser levadas tão a sério na investigação do caso Marielle Franco.

Em depoimento, ele disse, ainda, que não há investigação com mais imagens recolhidas que no caso Marielle e avaliou que o trabalho foi bem conduzido. Na época do crime, ele trabalhava no setor de imagens da Delegacia de Homicídios da Capital, onde o caso era investigado.

Eduardo Matos Fonseca foi arrolado como testemunha pela defesa do réu Rivaldo Barbosa na ação penal que apura os assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Ao citar Ronnie Lessa, réu confesso de ter assassinado a parlamentar, Eduardo Matos argumentou que as investigações não deveriam considerar plenamente as falas do executor do crime.

E aí conjecturaram uma série de coisas como se fossem teses de conspiração. 'Ah, mas aquilo ali está estranho'. E aí, obviamente, tudo é baseado no depoimento do Ronnie Lessa, que na minha concepção não deveria ser levado tão a sério devido a todo o histórico dele. Detalhe, o que ele conta, 'né'? Se ele contou aquilo, imagina o que ele não contou. Então, uma pessoa dessa ter voz?

Além de Eduardo Fonseca, também foram ouvidos o delegado Gilson Emiliano Soares e o policial Luismar Corteletti Leite, que afirmou que cerca de quarenta agentes da instituição trabalhavam no caso Marielle Franco na época do crime.

A unidade toda praticamente estava empenhada na solução, na resolução desse caso. Cerca de 40, 50 pessoas no total. Era muita gente empenhada nisso.

No depoimento, o delegado Gilson Emiliano disse desconhecer qualquer informação formal ou informal que indicasse que Rivaldo Barbosa tivesse má conduta. Segundo as apurações da Polícia Federal, o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa teria ajudado a obstruir as investigações do crime.

Além dele, são réus na ação os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, Ronald Paulo Alves Pereira, conhecido como major Ronald, e Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe. Eles vão prestar depoimento após as oitivas de todas as testemunhas.

Os depoimentos das testemunhas listadas pela defesa de Rivaldo Barbosa vao ser retomados na próxima quinta-feira (3).

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