O influenciador dono do porshe envolvido no acidente da última quinta-feira (1º), que terminou na morte de um motociclista na BR-116, no trecho de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, é considerado foragido por outro inquérito da Polícia Civil. A corporação apura dezenas de fotos e vídeos compartilhados por Renan Rocha da Silva em redes sociais fazendo manobras arriscadas em vias públicas.

Apesar do carro de luxo estar em nome do influenciador digital, o homem identificado como "Pablo Gonçalves Pinto" se apresentou como condutor do veículo no momento do acidente que resultou na morte de Adilson Lima Correa. A vítima aparece em um vídeo no trecho do acidente em um bar às margens da rodovia, aparentemente alcoolizada.

No entanto, momentos antes do episódio, Renan da Silva foi visto por um frentista em um posto de combustível sozinho para calibrar os pneus do veículo. Segundo a testemunha, ele deixa o estabelecimento dirigindo o veículo. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o influenciador está no posto. O profissional disse que reconheceu o investigado porque ele já havia parado no estabelecimento algumas vezes e também lembrou do perfil dele nas redes sociais.

Ainda em depoimento, o frentista disse que Renan acelerou o veículo antes de sair do posto de combustível e chegou a simular uma disputa de força de motor do carro com um outro cliente do estabelecimento. O profissional disse que ficou sabendo do acidente poucos minutos depois de Renan sair do posto. A diferença entre as duas localização é de cerca de 8km.

No mesmo dia, a Justiça do Rio expediu um mandado de prisão preventiva por descumprimento de medidas cautelares no inquérito que investiga as postagens de manobras perigosas. O suspeito tem mais de 200 mil seguidores.

As investigações apontaram que Renan não possuía carteira de habilitação para dirigir veículos. Os policiais também desconfiaram da evolução patrimonial do investigado em três anos. Em 2022, a Polícia já tratava o influenciador como uma ameaça para a sociedade". Ele chegou a ser indiciado mais de 180 vezes.

As medidas cautelares impostas eram comparecimento mensal em juízo, proibição de sair do município, suspensão das contas das redes sociais, recolhimento domiciliar após às 21h, e proibição de frequentar bares e casas de festas. No entanto, o influenciador criou outro perfil na internet, onde faz postagens frequentes.

Na própria quinta-feira (1), o Ministério Público representou pela prisão preventiva do influenciador digital. A promotora entendeu que a liberdade de Renan coloca em risco a ordem pública. O pedido foi aceito pela juíza Marcela Assad Caram Januthe Tavares.

Em nota, a Polícia Civil disse que os agentes estão em busca de testemunhas e imagens para esclarecer todas as circunstâncias do fato.

A defesa do influenciador disse que Renan não tem qualquer envolvimento com o incidente e não era o motorista do veículo.