A prévia da inflação no mês de julho registra queda de 0,07%, segundo o IBGE. O número ficou 0,11 ponto porcentual abaixo do valor registrado em junho. No ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 acumula alta de 3,09%. 

A deflação deste mês foi influenciada pelo recuo de 0,94% no setor de habitação. O número é explicado pela queda da energia elétrica residencial, por causa da incorporação do Bônus de Itaipu, desconto creditado nas faturas emitidas neste mês. 

Por outro lado, em Curitiba, houve reajuste de mais de 10% nas contas de luz, enquanto em Belo Horizonte, o reajuste foi de mais de 14%. O preço do botijão de gás, no entanto, ajudou a puxar o segmento de habitação para baixo, já que o combustível teve queda de 2,10%. 

O recuo é verificado após nove resultados positivos seguidos. A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, afirma que o resultado é importante, mas que a queda nos preços só deve ser observada a longo prazo. 

O setor de alimentação e bebidas também teve redução de 0,40%. O número é explicado principalmente por causa da deflação da alimentação no domicilio, que já havia registrado queda em junho e voltou a cair 0,72% em julho. Entre os produtos, há destaque para a retração de mais de 10% do feijão carioca e da batata inglesa. 

No mercado, o DJ Marcus Vinícius afirma que conseguiu perceber algumas reduções. 

No lado das altas, o maior impacto e a maior variação vieram do segmento de transportes, que teve alta de 0,63%. O resultado foi puxado pela alta de quase 3% nos preços da gasolina. O IBGE destaca ainda a alta de 4,70% nos preços das passagens aéreas, que já tinham subido 10,70% em junho.