O Brasil volta a registrar deflação, de 0,08% em junho, a menor taxa para o mês desde 2017. O índice teve influência das quedas nos setores de Alimentação e bebidas e de Transportes. A taxa também desacelerou em relação a maio desse ano. Em 2023, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11), pelo IBGE.
O resultado deste mês foi, em maioria, influenciado pela queda nos preços no setor de Alimentação e Bebidas, principalmente nos preços de alimentação em domicílio, que já havia registrado estabilidade em maio.
Entre as principais quedas estão óleo de soja, frutas, leite longa vida e carnes.
O setor de Transportes também contribuiu para a deflação do IPCA de junho. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo recuo no preço dos automóveis novos e dos usados. Nos combustíveis destacam-se as quedas do óleo diesel, etanol, gás veicular e da gasolina. Os artigos de residência e o grupo de Comunicação também tiveram recuo nas taxas.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que o resultado, especialmente o da queda do preço de alguns alimentos, recebe influência do mercado internacional, com os preços internacionais, em um movimento de crescimento lento do mundo para lutar contra inflação.
Por outro lado, os setores de Habitação, Educação e Despesas pessoais registraram alta. Em habitação, a maior contribuição foi da energia elétrica residencial. Ao mesmo tempo que percebeu uma queda no preço do óleo de soja,
Para o cálculo do índice do mês, pelo IBGE, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho deste ano, com os preços vigentes entre 29 de abril e 29 de maio de 2023.