A inflação do país ficou em 0,56% em março de 2025. Esse foi o maior avanço registrado para o período desde 2023. O número ficou abaixo da taxa de 1,31% registrada no mês anterior.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11), todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de fevereiro para março. O maior impacto foi registrado no grupo Alimentação e Bebidas, com avanço de 1,17%, o que representa cerca de 45% do IPCA do mês.
Entre os alimentos que contribuíram para o resultado estão o tomate, com alta de 22,55%, do ovo de galinha, de 13,13%, e do café moído, de 8,14%.
A autônoma Andressa Barenco, moradora do Rio de Janeiro, observou o aumento dos preços nas prateleiras dos supermercados.
O ovo tá caríssimo, assim, no último mês Foi o valor mais expressivo de compra que eu acho que impactou bastante foi o valor do ovo, realmente. O tomate também aumentou. Teve um dia que eu peguei o tomate, tipo, quase 15 reais o quilo do tomate. A gente compra o café em grão e tá caro. A própria moça lá da loja falou pra gente que eles estavam segurando o valor. Teve o primeiro aumento, seguraram o valor e aí eles fizeram um reajuste agora. Eles aumentaram 10 reais o pacotinho de 250 gramas. Eu senti uma grande diferença.
O gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, fala sobre o impacto do setor de despesas pessoais.
A segunda maior variação no mês foi observada no grupo de Despesas Pessoais, com alta de 0,70%, influenciada pelo fim da semana do cinema, que ocorreu em fevereiro. Destaca-se também as variações nos grupos Vestuário, 0,59%, com altas nos calçados, nas roupas femininas, masculinas e infantil, nos Transportes, com destaque para a passagem aérea e os combustíveis. No Saúde e Cuidados Pessoais, as altas foram no plano de saúde e nos produtos de higiene pessoal. E no grupo Habitação, a variação foi de 0,24% e aqui houve uma desaceleração em relação à alta de fevereiro, que foi de 4,44%.
Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo acumula alta de 2,04% no ano e de 5,48% nos últimos doze meses.