A inflação do mês de maio desacelerou e atingiu a menor variação mensal desde abril do ano passado. No entanto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo permanece em dois dígitos nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, a taxa ficou em 0,47% no quinto mês do ano. A maior variação veio do grupo Vestuário com alta de 2,11%.
Porém, o impacto mais significativo veio dos Transportes, já que esse grupo tem mais peso no bolso do brasileiro. Neste caso, o índice foi de 1,34%. De acordo com o levantamento, nesse segmento, a alta foi puxada pelas passagens aéreas, com índice de 18,33%.
Os combustíveis, que também vinham tirando o sono dos motoristas, tiveram uma alta menos expressiva em maio. Segundo o IBGE, a gasolina foi a principal responsável por esse movimento. Em maio, o índice ficou em 0,92%, enquanto, no mês anterior, a taxa havia sido de 2,48%.
Outro destaque da pesquisa foi o de produtos farmacêuticos, com crescimento de 2,51%.
Na análise da economista e colunista da BandNews FM, Juliana Rosa, os números mostram que a inflação segue em alta.
Considerado como um dos principais vilões da inflação, o grupo alimentos e bebidas teve desaceleração de 0,48% em maio e ajudou a conter o índice. De acordo com o IBGE, produtos, que vinham subindo, tiveram quedas expressivas, entre eles, o tomate e a cenoura.
O único grupo a apresentar queda foi Habitação. O motivo é a redução nas contas de energia pelo segundo mês seguido, em função de mudança de bandeira tarifária.
O coordenador e professor de Economia da ESEG, Fernando Umezu, destaca o comportamento da inflação em relação a geografia do país.
A índice acumulado nos últimos 12 meses ficou em 11,73%. De janeiro a maio, a taxa foi de 4,78%.