Inea deve realizar leilão das embarcações abandonadas na Baía de Guanabara

O último mapeamento, feito em janeiro, revelou que há 51 navios abandonados

Por Pedro Dobal

Inea deve realizar leilão das embarcações abandonadas na Baía de Guanabara
Leilão de embarcações abandonadas deve ser realizado
Agência Brasil

O Instituto Estadual do Ambiente deve realizar um novo leilão das embarcações abandonadas na Baía de Guanabara. Um ofício da Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar enviado ao secretário de Meio Ambiente, Thiago Pampolha, sugere que a licitação dos cascos seja conduzida pelo órgão.

De acordo com a Marinha, o último mapeamento, feito em janeiro, revelou que há 51 navios abandonados na Baía de Guanabara.

O leilão seria semelhante ao realizado em 2012, também pelo Inea. No entanto, segundo o fundador do Movimento Baía Viva, Sérgio Potiguara, apenas os materiais de maior valor foram removidos na época e muitos cascos, especialmente os de madeira, foram deixados de lado pelos vencedores do leilão.

Em janeiro, a Capitania dos Portos instaurou um processo administrativo para que as embarcações sejam consideradas perdidas e levadas a leilão, já que podem constituir perigo, obstáculo à navegação ou ameaça a terceiros ou ao meio ambiente. O assunto também é discutido por um grupo técnico criado pelo Governo do Estado, que reúne autoridades para discutir o problema.

Há seis meses, o navio São Luiz colidiu com a Ponte Rio-Niterói após ficar à deriva. A embarcação estava abandonada desde fevereiro de 2016 e foi levada para o Porto do Rio após o acidente.

Uma vistoria do Instituto Estadual do Ambiente realizada no último dia 8 revelou que a empresa responsável pelo navio não concluiu o cerco preventivo exigido pelo Inea. A medida tem o objetivo de evitar danos ambientais em caso de vazamentos. Durante a fiscalização, um representante da Mansur Navegações explicou que foram colocados 25 metros de barreira, que cobririam apenas a área próxima aos tanques. Uma nova visita deve ser feita para verificar se a exigência foi cumprida.

Os técnicos não conseguiram vistoriar o interior do navio devido às más condições de conservação e segurança e ao estado avançado de corrosão das estruturas. A BandNews FM não conseguiu contato com a Mansur Navegações.

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