Peito. Coxa. Asa. Pescoço. Partes que compõem um tradicional frango assado, independente do modo de preparo ou dos acompanhamentos. No entanto, o prato que faz parte do cotidiano do carioca pode ser encontrado por uma diferença de preço de até R$ 62 dependendo da região do Rio de Janeiro. Foi o que apontou uma pesquisa da Fundação João Goulart, instituto ligado a Secretaria Municipal de Fazenda.
Batizado de Índice Frangão, o aplicativo utilizou dados de um aplicativo de entrega. A busca levou em consideração os valores de frangos inteiros assados, acompanhados de batata e farofa, englobando 185 estabelecimentos de 160 bairros espalhados entre as zonas Oeste, Norte, Sul e Centro, até porque, seja na padaria, na birosca ou na calçada, as assadeiras compõem a paisagem da cidade.
Na Zona Sul, o preço médio encontrado é de R$ 37,25. Sócio do restaurante Casa dos Assados em Copacabana, Cazé, como pediu para ser identificado, conta que a procura pelo produto é grande no bairro.
De acordo com a fundação, a pesquisa foi utilizada para diferenciação das diversas camadas sociais do município. O levantamento apontou que o morador de Costa Barros, na Zona Norte, é o que mais se sacrifica para desfrutar o chamado frangão: 10,9% da renda. Já quem mora na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, compromete uma parcela considerada inexpressiva: 0,49%.
Assim como em diferentes setores, a inflação e a pandemia também provocaram reajustes em relação ao prato. Mas os impactos não foram sentidos apenas no bolso do consumidor, como também no de quem está do outro lado do balcão. Foi o caso do José Augusto dos Santos Junior, que teve que fechar a loja dele em Santa Cruz devido ao aumento dos preços.
Segundo o estudo, o preço médio da iguaria na capital fluminense é de R$ 37,18. O maior preço, de R$ 77, foi encontrado na Taquara, na Zona Oeste. Já o menor, de R$ 15, foi localizado em Brás de Pina, na Zona Norte.
