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Incêndio em lixão de Teresópolis que cobriu cidade completa um mês

Trâmites para transformar local em usina de tratamento de lixo caminham a passos lentos

Por Pedro Dobal

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Lixão em Teresópolis, na Região Serrana do Rio
Reprodução/Tv Band

Um mês após o incêndio que cobriu de fumaça tóxica a cidade de Teresópolis, na Região Serrana, os trâmites para transformar o lixão do Fischer em uma usina de tratamento de lixo seguem a passos lentos. A promessa da Prefeitura é que o local comece a operar até o fim do ano que vem, mas ainda serão realizadas audiências e consultas públicas antes do início da licitação.

Quando inaugurada, a usina vai processar todo o lixo produzido no município e ainda gerar energia. Em novembro do ano passado, a Prefeitura abriu um chamamento de interessados na construção. Cinco empresas manifestaram interesse e um dos projetos já foi escolhido. A expectativa é que a licitação seja iniciada ainda neste ano.

Enquanto isso, os resíduos de Teresópolis são levados para um aterro licenciado de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a 74 quilômetros de distância. Na semana passada, a empresa contratada para o serviço começou a operar com a carga total de 150 toneladas por dia. O contrato emergencial tem duração de seis meses e vai custar R$ 4,6 milhões aos cofres da Prefeitura e do Governo do Estado, que dividem as despesas. Uma licitação ainda vai ser realizada para garantir mais um ano de transporte.

O professor de direito ambiental Marcus Lima explica que os aterros sanitários licenciados adotam uma série de medidas para minimizar os impactos ambientais.

A Prefeitura de Teresópolis afirmou que o incêndio no lixão do Fischer foi criminoso. Mas o professor de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Uerj Adacto Ottoni ressalta que o gás produzido pelo lixo pode provocar incêndios caso não seja tratado de forma adequada.  

A Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade afirma que vai ajudar no diagnóstico da situação do lixão e desenvolver um projeto executivo para que a Prefeitura possa conter os possíveis danos ambientais.

Após o incêndio, que durou mais de 48 horas, a Justiça do Rio proibiu o funcionamento do local. O lixão já havia sido interditado e funcionava com uma liminar desde 2018.

O primeiro prazo para erradicação dos lixões em todo o país terminou em 2014, mas foi prorrogado até o ano que vem.

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