A Polícia Civil vai iniciar nesta quinta-feira (19) a perícia para determinar a causa do incêndio que atingiu um galpão no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio. No mesmo dia, representantes do RIOgaleão e dos operadores logísticos, que atuam no galpão afetado, devem fazer o levantamento dos estragos provocados pelas chamas.

A Anvisa também vai levantar informações sobre danos materiais no galpão, após a liberação do local. Próximo ao espaço, também há cargas sob cuidados da agência, que também vai vistoriar a região.

O caso ocorreu nesta quarta (18). O incêndio durou mais de cinco horas e não há informações de vítimas.  O trabalho de rescaldo foi iniciado no início da noite desta quarta. 

O espaço administrado pela empresa AGS International Logistics Operator desde 2019 foi tomado pelas chamas por volta das 13h30. A área é de mais de 5.000 m² e o local serve para armazenamento de cargas superdimensionadas, como helicópteros e hélices, além de uma câmara refrigerada de 200 m³.

Dois helicópteros que estavam dentro do galpão foram queimados. No local, segundo o Corpo de Bombeiros, havia empilhadeiras e pallets de madeira.

O incêndio que parecia estar sendo controlado por volta das 15h, voltou a aumentar com o deslocamento dos focos para outras partes do galpão. Com as chamas, diversas janelas do espaço caíram e a estrutura foi danificada. O trabalho de combate terminou no início da noite.

A coluna de fumaça pôde ser vista por diversas regiões do estado do Rio de Janeiro.

Segundo a concessionária RioGaleão, não houve impactos significativos nos voos do aeroporto. A Infraero, que administra o aeroporto Santos Dumont, disse que o terminal do Centro do Rio não recebeu voo alternado do Galeão.

Pelo menos 17 unidades do Corpo de Bombeiros e cerca de 100 militares atuaram para combater as chamas, com auxílio de aproximadamente 30 viaturas e helicóptero. A concessionária Águas do Rio foi acionada para disponibilizar nove caminhões-pipa.

O major do Corpo de Bombeiros Fábio Contreiras comentou a atuação da corporação no combate às chamas.  

“O Corpo de Bombeiros atua desde a tarde desta quarta-feira (18) em um incêndio que atingiu um galpão no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Cerca de 100 militares de 17 unidades foram empenhados na ocorrência com apoio de mais de 30 viaturas e helicóptero. Depois do término do trabalho de combate às chamas, pudemos iniciar o trabalho de rescaldo" disse o militar. 

 

A corporação criticou a concessionária RioGaleão e disse que não foi acionado de forma oficial. Em nota, a concessionária disse que o centro de emergência do RIOgaleão recebeu o alerta às 13h44 e fez o acionamento imediato do Corpo de Bombeiros, pelo número 193.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bombeiros Civis Marcelo Camelo, os bombeiros civis que atuam no Aeroporto Internacional Tom Jobim foram acionados pelo centro de operações do Galeão.

“A informação do Corpo de Bombeiros que eles não foram acionados não é verdadeira. O centro de controle do Galeão acionou os bombeiros civis que atuam no aeroporto e também os bombeiros militares.  A informação que a brigada não passou a informação não é pertinente, pois quem faz a informação é o centro de controle do aeroporto”, disse o representante da classe. 

Os funcionários das outras empresas que atuam no Terminal de Cargas no Galeão foram liberados das atividades e a região foi isolada. As companhias aéreas Azul, Gol e Latam disseram que os colaboradores foram retirados em segurança. As salas ocupadas por trabalhadores da Receita Federal em um prédio administrativo do aeroporto também foram desocupadas.

A BandNews FM aguarda posicionamento da AGS.