Gasolina deve ter aumento entre 20 e 36 centavos após medida provisória do Governo Federal

Entidades do setor de combustíveis manifestam preocupação com o impacto inflacionário

Aumento estimado é de 10 a 23 centavos, uma variação de 1% a 4%
Divulgação

Entidades do setor de combustíveis manifestam preocupação com o impacto inflacionário da medida provisória que impede o pagamento de outros tributos por meio dos créditos de PIS/COFINS, que são impostos federais.  

A nota conjunta afirma que a mudança vai trazer custos adicionais que vão afetar toda a cadeia, incluindo o transporte público e o frete de cargas e alimentos, com impactos diretos sobre o consumidor final.

Uma estimativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás indica que a medida pode levar a um aumento de 20 a 36 centavos no preço do litro da gasolina, uma alta de 4% a 7%.

No caso do diesel, o aumento estimado é de 10 a 23 centavos, uma variação de 1% a 4%.

No Rio de Janeiro, muitos motoristas relatam preocupação com a possível alta e alguns já notam que o preço nas bombas está maior.

A medida provisória foi apresentada com o objetivo de compensar perdas na arrecadação com a manutenção da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

O crédito de PIS/COFINS é acumulado pelas empresas quando um imposto que deveria ter sido descontado acaba sendo cobrado em mais de uma etapa de produção.  

O economista do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais, Eric Gil Dantas, explica que a mudança obriga as distribuidoras a arrumar recursos para pagar os impostos que vão deixar de ser abatidos por meio desse crédito.

Isso fará com que, no curto e médio prazo, aumente os custos de produção dessas distribuidoras. Pode ser que isso impacte nos preços dos combustíveis, porque as distribuidoras terão que ter dinheiro naquele momento. Então, ela poderá, por exemplo, ou pegar emprestado para compensar esses custos de curto prazo ou aumentar preços.

Em comunicado interno enviado para os revendedores, a Rede Ipiranga confirmou o reajuste nos preços dos combustíveis a partir desta terça-feira (11). Outras distribuidoras não confirmaram se vão repassar os custos aos clientes.  

Motoristas do Rio de Janeiro também reclamam do preço do GNV. A Naturgy, distribuidora de gás que atua no estado, anunciou uma queda de 5% no valor cobrado aos postos de combustíveis.

A guia de turismo Rita Pinheiro, porém, diz que a redução nas bombas só ocorreu por poucos dias.

A queda anunciada pela Naturgy começou a valer no dia 1° de junho após mudanças nos contratos com a Petrobras.

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