A discussão sobre a derrubada ou não do veto do prefeito Rubens Bomtempo ao projeto sobre a obrigatoriedade da realização de serviços de supressão e poda de árvores quando em contato com a fiação dos postes, de autoria do vereador Júnior Coruja (PSD), levou os vereadores a discutir o poder de fiscalização deles e a compra do prédio na Rua Floriano Peixoto, que seria destinado às vítimas da tragédia. A situação do prédio continua sendo motivo de críticas de alguns vereadores, pois afirmam que foram enganados quando o prefeito pediu urgência dizendo que seria destinado às vítimas e, passados sete meses, o imóvel continua fechado.
O vereador Octávio Sampaio (União) disse que ficou surpreso com a resposta que recebeu do Governo Municipal ao ofício, encaminhado por ele, informando que faria uma fiscalização no prédio da Floriano Peixoto. "Fiquei surpreso por dois motivos. A primeira foi por ter o governo respondido a um ofício meu e, porque, segundo o prefeito, só posso fiscalizar se tiver autorização do plenário da Câmara e dele. Isso não vai funcionar comigo e aviso que farei a fiscalização", afirmou o vereador.
Manifestando apoio ao vereador Octávio, o vereador Marcelo Lessa (SD) disse que é uma situação absurda e colocou-se à disposição para ir junto fiscalizar, fazendo valer uma das prerrogativas do vereador que é fiscalizar. O vereador Dudu (MDB), que tem sido um crítico do governo Bomtempo, disse que a situação é absurda e pediu que a Câmara faça uma reunião convocando representantes do Governo Municipal para explicar a situação do prédio, sobre a compra, assim como de outras situações que ainda não foram resolvidas.
O líder do governo, vereador Gil Magno (DC) lembrou que o prédio está fechado e que não é possível acessar o seu interior. De acordo com ele, está previsto para novembro uma licitação para realização de obras de melhoria no imóvel, para que seja destinado com toda segurança a abrigo temporário. Ainda segundo o vereador os trâmites burocráticos precisam ser todos cumpridos para que de fato o prédio seja da Prefeitura. "Estamos aqui para fazer a fiscalização, mas o prédio está fechado. Como vamos fazer essa política de fiscalização se não avisar, vamos arrombar a porta, chega lá arrombando a porta como determinados deputados que vieram nessa cidade tentaram fazer. Tenho certeza e confio que a Prefeitura vai resolver este problema", afirmou o líder do governo.