Ídolo eterno: Pelé também foi artista fora dos gramados

Além do reinado no futebol, o jogador também gravou músicas e atuou ao lado dos Trapalhões

Por Gustavo Sleman

Pelé morreu aos 82 anos
Jorge Bispo | CBF

O rei do futebol que não se limitava apenas a apresentar obras de arte dentro das quatro linhas. Apaixonado por música, Pelé também vestia a camisa quando o assunto era cantar e compor.

Trocando a bola pelo violão e microfone, o ex-jogador chegou a gravar com Roberto Carlos, Sérgio Mendes e Jair Rodrigues. Em parceria com Elis Regina, Edson Arantes do Nascimento lançou o compacto 'Tabelinha', que traz as músicas 'Perdão não tem' e 'Vexamão'.

Além de compor mais de 100 canções e dar voz em discos solo, Pelé também serviu de inspiração para músicas como 'O nome do rei é Pelé', de Jorge Ben Jor, e 'O Homem Dos Três Corações', interpretada por Alcione. Pelas redes sociais, grandes nomes do mundo musical, como Rod Stewart e Elton John, britânicos apaixonados por futebol, homenagearam o tricampeão mundial.

Mas Pelé não se limitou apenas a música e levou a mistura de classe, gingado e improviso do gramado para o cinema. Foram diversos filmes, mas um dos principais destaques foi 'Fuga para a Vitória', longa de 1981 em que ele contracenou com Michael Caine e Sylvester Stallone. O ator também lembrou do ídolo nesta quinta-feira (29) em publicação na Internet.

Além de ter sido palco do milésimo gol de Pelé, o Maracanã também abriu as portas para o lado ator do jogador. Lançado em 1986, 'Os Trapalhões e o Rei do Futebol' contou com cenas gravadas no estádio, durante o intervalo da final da Taça Guanabra daquele ano entre Vasco e Flamengo.

Amigo de Pelé, o humorista Dedé lembra com carinho do longa e também de outras filmagens ao lado do rei. Segundo ele, a genialidade de Pelé passava por sua humildade.

Responsável por marcar diferentes gerações, o camisa 10 também estrelou desenhos e revistas em quadrinhos. Ao lado de Mauricio de Sousa criou Pelézinho, personagem que levou sua infância para os gibis. O cartunista relembrou a parceria e a amizade.

Apesar da aposentadoria, Pelé continuou sendo rei e ganhando súditos nas mais diferentes situações. Ouvinte da BandNews FM, Carlos Eduardo Navarro foi corredor de apoio do ex-jogador durante a passagem da Tocha Olímpica pelo Rio de Janeiro em 2004. Durante o trajeto, Navarro serviu de ombro amigo e conselheiro do ídolo.

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu aos 82 anos nesta quinta-feira (29) em São Paulo. O velório do eterno ídolo vai ser realizado no estádio da Vila Belmiro. 

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