O Ibama não descarta a possibilidade de levar de volta as 15 girafas trazidas da África do Sul, para o BioParque do Rio./ Os animais estão em um resort de luxo em Mangaratiba, na Costa Verde, há mais de 1 ano, onde deveriam ficar apenas por um período de quarentena.

A legalidade da importação das 18 girafas ainda é discutida pelo Ibama. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou rés quatro pessoas envolvidas na importação dos animais por maus tratos e irregularidade no transporte dos animais. Os acusados são dois ex-funcionários do BioParque, além de dois servidores públicos. Três girafas morreram no ano passado durante uma tentativa de fuga. Um relatório da PF afirma que os coágulos encontrados nas girafas estão associados à 'miopatia de captura', ou seja, até a hora da morte elas teriam sofrido.

O ambientalista e diretor presidente do SOS Aves e Cia, Paulo Maia, afirma que manter essas girafas em cativeiro é crime, e cobra uma punição aos envolvidos.

Para a Policia Federal, os animais foram trazidos para o Brasil ilegalmente e a corporação classificou o episódio como o maior caso de tráfico de animais silvestres de grande porte do Brasil. A PF também afirma que há irregularidades no espaço destinado aos animais.

Procurado, o BioParque do Rio afirma que atuou com total transparência e não há hipótese de ilegalidade na importação das girafas. Ainda segundo a nota, a empresa todo o processo de importação teria seguido rigorosamente as normas brasileiras e sul-africanas. O Bio Parqe ainda refutou as conclusões do MPF.

Segundo a empresa, as 15 girafas estão bem, em recintos dentro das normas com área externa  e acompanhadas pelos órgãos competentes. Elas permanecem no Portobello Safari e não há definição sobre a transferência para o BioParque.