Cerca de 200 pacientes recebem tratamento no Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul do Rio, após serem diagnosticados com neuromielite óptica. A doença compromete a capacidade visual, além de dificuldades motoras, como dormência nos membros e desregulação nos controles urinários e intestinal.
No ano passado, o governo federal aprovou a lei que define o dia 27 de março como o Dia Nacional de Conscientização da Neuromielite Óptica.
Segundo a unidade de saúde, o tratamento depende do diagnóstico preciso para que os médicos possam fazer o atendimento adequado aos pacientes. Por ser uma síndrome rara, a patologia ainda é pouco conhecida no Brasil.
Por isso, o neurologista Vanderson Neri ressalta que os medicamentos para o tratamento da neuromielite óptica ainda estão em processo de análise.
"Nós temos hoje mais três opções de anticorpos monoclonais que chegaram ao Brasil e foram autorizados para o tratamento e que também podem ser utilizados. Nenhum desses medicamentos, na verdade, são distribuídos ou dispensados pelo SUS. Eles estão ainda em processos de análise e submissão aos órgãos do governo e até mesmo dos planos de saúde para que a neuromilitióptica seja incluída no rol desses tratamentos. No momento, ela ainda não é. Então, nós ainda esbarramos uma certa dificuldade de tratamento por conta disso, que nós acreditamos que com o fortalecimento do número de casos, da apresentação das estatísticas, das experiências que outros países já têm, outros estudos já feitos, isso no futuro possa se tornar uma realidade e o tratamento possa acontecer de forma".