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Internações por asma e bronquite crescem 25% após aumento de incêndios e baixa umidade do ar

De acordo com o Sistema Alerta Rio, a umidade relativa do ar nesta semana pode variar entre 21% e 30%, muito abaixo dos 60% recomendados

Por Pedro Dobal

Internações por asma e bronquite crescem 25% após aumento de incêndios e baixa umidade do ar
Reprodução

Diante da baixa umidade do ar e da fumaça provocada pelos incêndios florestais, as unidades de saúde do Rio de Janeiro registraram aumento no número de pacientes nos últimos 30 dias.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as internações por asma e bronquite cresceram 25%. Já os atendimentos em UPAs e clínicas da família aumentaram 32% no período.

De acordo com o Sistema Alerta Rio, a umidade relativa do ar nesta semana pode variar entre 21% e 30%, muito abaixo dos 60% recomendados pela Organização Mundial de Saúde.

Nas ruas da cidade do Rio, os cariocas já sentem os efeitos do tempo seco, enquanto vendedores veem aumentar o número de clientes em busca de hidratação.

Os mais vulneráveis em períodos de tempo seco e baixa qualidade do ar são os idosos, as crianças de até 5 anos e as pessoas com problemas cardiorrespiratórios.

A pneumologista da Fiocruz Patrícia Canto explica quais cuidados devem ser tomados para evitar a desidratação.

 

É importante que a gente tenha uma boa hidratação ao longo do dia, que evitemos fazer exercícios ao ar livre ou mesmo em lugares fechados, especialmente para aquelas pessoas que já têm doenças prévias

 

O meteorologista e professor da UFRJ Wanderson Luiz Silva afirma que o tempo seco deve durar até o fim de semana.


 

A gente já deve ter um domingo com mais nuvens e vento um pouco mais intenso também, com chuva para o final do dia. Então, o início da próxima semana deve começar bem diferente, com um pouco mais de chuva e um alívio no calorão, também com queda na temperatura", detalha Wanderson.


Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o tempo mais seco foi um dos fatores que levaram ao aumento do número de atendimentos nas unidades de saúde não só nas últimas semanas. Entre janeiro e agosto deste ano, houve um crescimento de 31,2% nos casos de asma e de 29,8% nos registros de bronquite aguda na comparação com o mesmo período do ano passado.

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