Um grupo de pelo menos 10 pessoas denuncia um homem de tentar aplicar um golpe, em que ele fingia que assumiria a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo. Segundo a denúncia, Carlos Augusto Garcia Gonçalves teria alegado que recrutaria funcionários e negociaria o recebimento do valor, em dinheiro, das passagens para tomar posse em Brasília.
Uma vítima, que tive a identidade preservada e a voz distorcida, explicou como era o esquema.
Acontece que o atual Secretário de Combate ao Racismo, pasta vinculada ao Partido dos Trabalhadores, é Martvs Chagas. Além disso, Carlos Garcia Gonçalves é um conhecido da Justiça do Rio. No fim do ano passado, ele foi preso em flagrante por aplicar um golpe milionário na própria professora. No fim de outubro, após audiência de custódia, foi solto, com medidas cautelares, como entregar o passaporte e não se ausentar da capital por mais de 08 dias sem justificativa.
O recrutamento dos funcionários e estagiários foi através da criação da Feira do Norte Fluminense, que aconteceria em maio deste ano, em Campos dos Goytacazes, com o apoio do município. Eles chegaram a trabalhar por um mês no projeto, que foi marcado por contratos inválidos e promessas de pagamento, que nunca ocorreu. Em nota, a Prefeitura disse que a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima o assunto não teve continuidade e o município não está envolvido no projeto.
As vítimas contam que apesar de a história ser bem contada, algumas informações entravam em conflito no discurso de Carlos Garcia, até que eles pesquisaram o nome dele na internet e viram o histórico dele.
A Polícia Civil investiga o caso e disse que vai ouvir todos os envolvidos para esclarecer os fatos.
A reportagem da BandNews FM tenta contato com a defesa de Carlos Garcia.
Também no fim do ano passado, a BandNews FM recebeu outra denúncia de que ele teria inventado que assumiria uma Secretaria de Pesca, Agricultura e Pecuária em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele fez com que um grupo de pelo menos 7 pessoas pagassem a ele o exame admissional, acreditando que seriam funcionários da pasta. Mas a Prefeitura desmentiu e negou a existência da secretaria.