Homem é autuado em flagrante acusado de injúria racial

Paulo Sérgio Carvalho Monteiro é suspeito de ter proferido xingamentos de cunho racial contra um funcionário de serviço de reboque

Mariana Albuquerque*

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Reprodução/Redes Sociais

Um homem, de 64 anos, é autuado em flagrante e encaminhado à delegacia acusado de injúria racial contra um funcionário de um serviço de reboque, nesta quarta-feira (20), na Zona Norte do Rio.

O suspeito, Paulo Sérgio Carvalho Monteiro, solicitou um reboque para a Rua Haddock Lobo, que veio pelo funcionário terceirizado Anderson Marriele da Silva.

Marriele afirma que o solicitante não estava no local do reboque pedido, então, enquanto esperava, agentes da Guarda Municipal pediram que ele desse a volta no quarteirão. O funcionário ainda disse que tentou contato com a empresa para a qual presta serviço para comunicar o ocorrido e, ao chegar ao local novamente, recebeu uma ligação de Monteiro o chamando de mentiroso. Ao sair do caminhão e encontrar presencialmente com o solicitante, ele teria escutados xingamentos de cunho racial.

Em depoimento, Paulo Sérgio Carvalho Monteiro alega que, apesar de a empresa ter entrado em contato com ele e afirmado que o reboque estava no local, o equipamento e o funcionário não estavam lá. Ele ainda diz que houve xingamentos, mas de ambas as partes, e negou injúria racial. O advogado André Agueiras Rodrigues, que defende o acusado, alega que não houve proferimento de palavras de cunho racista e não há testemunhas que escutaram a injúria, nem mesmo o porteiro do prédio do cliente.

Em depoimento, o porteiro confirma ter escutado os xingamentos, mas não os de injúria racial.

Vídeos da câmera de segurança do prédio mostram os dois discutindo e, depois, se envolvendo em conflito corporal, quando a vítima dá uma cotovelada no suspeito. Segundo Marriele, ele fez isso para se defender e acabou atingindo a cabeça do acusado.

Vítima, suspeito e testemunhas prestaram depoimentos aos policiais da Delegacia da Praça da Bandeira. O acusado pagou a fiança de R$ 3.700 e vai responder em liberdade.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Dobal

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