Operação mobiza grande efetivo policial no Complexo da Penha; ação deixa feridos e morto

Moradores da região amanheceram em meio a um intenso tiroteio e forte presença de policiais e blindados nos acessos às comunidades

Por Clara NeryLuanna Bernardes

Operação mobiza grande efetivo policial no Complexo da Penha; ação deixa feridos e morto
PM participa de operação no Complexo da Penha
Ouvinte BandNews FM

Cinco pessoas ficam feridas durante um tiroteio no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, onde há uma operação policial nesta terça-feira (3). Um suspeito morreu na ação. Já são cinco horas de confronto.  

Entre os feridos, há quatro baleados, sendo um policial civil, e uma grávida que foi atingida por estilhaços. Três pessoas já receberam alta e duas permanecem internadas.  As vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na mesma região. 

Agentes de segurança realizam mais uma fase da Operação Torniquete, contra roubos, furtos e receptação de veículos e de cargas. 

Bandidos atearam fogo em barricadas e helicópteros sobrevoam a região. Há relatos de pessoas que não conseguem sair de casa por causa dos disparos. Sete linhas de ônibus municipais tiveram que mudar a rota, por causa dos disparos. 16 escolas municipais não abriram as portas.  

A ação é realizada pela Polícia Civil do Rio, pelo Ministério Público do Rio e Polícia Militar, com apoio das Polícias Civis dos Estados do Pará e Ceará. Os agentes tentam cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão.   

As investigações revelaram que traficantes da facção Comando Vermelho, chefiados por Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca, Carlos Costa Neves, vulgo Gadernal, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, são responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a "caixinha" da quadrilha para compra de armamento, munição e o pagamento de uma "mesada" aos parentes de criminosos presos e dos chefes da facção.  

Segundo os investigadores, as ordens para as disputas territoriais no Rio partem do Complexo da Penha.  

A ação também visa apoiar as Polícias Civis do Pará e do Ceará, cujas investigações revelaram a forte migração chefes do tráfico desses Estados para o Rio de Janeiro. A maioria está escondida no Complexo da Penha, que se tornou uma base operacional do Comando Vermelho. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais