Governo terá desafios após entrega de concessão da SuperVia, dizem especialistas

A concessionária decidiu que não vai assinar um novo termo aditivo do contrato

Por João BoueriJulia Kallembach

Trens da SuperVia
Reprodução/Tv Band

Especialista ouvido pela BandNews FM afirma que o Governo do Estado terá dois desafios com a entrega da concessão do sistema ferroviário pela Supervia. A concessionária decidiu que não vai assinar um novo termo aditivo do contrato. Com a desistência, segue válida uma cláusula que prevê o encerramento da concessão em julho.

O primeiro é em relação aos passageiros, que segundo o diretor da FGV transportes Marcus Quintella os usuários não podem sofrer com piora no serviço durante a transição.

Marcus Quintella diz ainda que o segundo desafio é encontrar uma empresa que aceite participar da licitação, por conta da deterioração do sistema.

A Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana vai estudar um novo modelo de licitação para a escolha da empresa que vai operar o modal.

No próximo edital, a tarifa de performance deve ser uma das novidades para tentar melhorar o serviço. A empresa que assumir terá que cumprir indicadores de desempenho previamente definidos para receber parte do repasse. Além disso, a forma de remuneração deve ser alterada quando o modal atingir um determinado número de passageiros, que ainda será definido pela secretaria.

A SuperVia enviou um ofício na quarta-feira (26) à Secretaria de Transportes afirmando que não assinaria o 13º Termo Aditivo do contrato por não concordar com as obrigações previstas. Caso o documento fosse assinado, a concessão passaria a valer até 2045.

Durante as negociações, a Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana apresentou um pacote de indicadores a serem cumpridos pela SuperVia, o que não foi aceito pela concessionária. O grupo disse que não investiria mais no modal.  

Enquanto isso os passageiros continuam reclamando do transporte e são enfáticos: um dos maiores problemas da Supervia é a falta de segurança.

Em nota, o governador Cláudio Castro disse que o estado repassou cerca de R$ 400 milhões, em 2022, para compensar as perdas da SuperVia com a queda do número de passageiros. O político classificou os serviços como "precários".

Procurada, a SuperVia disse afirmou que não vai se pronunciar.

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