O Governo do Rio suspendeu a contratação emergencial de empresa para ajudar na limpeza e recuperação de Petrópolis. A medida acontece após a repercussão negativa do contrato, já que a Loctech Locação de Máquinas e Equipamentos consta em uma lista de instituições com má reputação na Controladoria Geral da União.
Especialistas criticaram duramente o negócio. Para o presidente da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, a medida pode não ser ilegal, mas é imoral.
A Loctech era a primeira empresa contratada emergencialmente pelo Governo do Estado do Rio, por um valor de aproximadamente R$ 260 mil, para ajudar na reestruturação de Petrópolis. Apesar de estar na lista de empresas inidôneas e suspensas pela CGU, a contratação não está impedida legalmente.
O Instituto de Terras e Cartografia do Estado (Iterj) fez um dos um dos primeiros contratos com a Loctech.
Três dias depois do temporal, foi empenhado este montante para o uso de três caminhões super-vácuo para desobstruir esgotos e fossas em comunidades, além de limpar as ruas com jatos d'água.
Questionado sobre a inidoneidade da empresa Loctech, o secretário Estadual de Obras e Infraestrutura, Max Lemos, se mostrou surpreso com a situação.
Na mesma data, no último dia 18, o Governo do Rio emitiu uma nota de autorização de despesa para a empresa Loctech, no valor de R$ 2 milhões, para a locação de máquinas, caminhões e equipamentos para a desobstrução de vias públicas nas cidades de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, além de Japeri e Magé, na Baixada Fluminense, e Mangaratiba, na Costa Verde.
Em nota, o Governo do Rio informou que em todos os portais de consulta, tanto de de compras, como de transparência do Estado do Rio de Janeiro, a empresa Loctech apresenta certidão negativa. A restrição citada, em âmbito federal, é referente a um serviço que foi parcialmente não prestado à Companhia Docas do Rio. Na mesma nota, o Palácio Guanabara diz entender que este fato não impede a prestação de serviço pela empresa nos demais órgãos e entes da federação.