O secretário estadual de Transportes do Rio autoriza a contratação de serviços técnicos para a modelagem da linha 3 do metrô. O projeto é discutido há décadas, mas nunca saiu do papel. O documento foi assinado por Washington Reis nesta semana, após estudo técnico preliminar da Companhia de Transportes sobre Trilhos.
A BandNews FM teve acesso a análise, que levou em consideração o Plano Diretor Metroviário, que prevê a expansão da rede metroviária no estado até 2045. A chamada linha 3 ligaria a Praça Quinze, no Centro do Rio, à Praça Arariboia, em Niterói, na Região Metropolitana.
Apesar de classificar o projeto como um grande desafio institucional e técnico, mas abordável no âmbito da engenharia e menos difícil do que quando foi considerado pela primeira vez.
A ideia seria construir um túnel subaquático na Baía de Guanabara.
A linha 3 também contaria com um corredor que ligaria a região de Arariboia, em Niterói, ao bairro de Alcântara, em São Gonçalo. Também foi apontada a construção de um pátio em Neves ou em Guaxindiba.
No início do mês, o secretário Washington Reis já havia informado que faria o chamamento de empresas interessadas em fazer a modelagem da licitação do serviço. A reportagem também teve acesso a documento que mostra que o Governo do Rio quer incluir a construção da linha 3 entre as obras financiadas pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento, o Novo PAC.
Para o diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, o projeto vai auxiliar no desenvolvimento imobiliário e econômico da região, além de também atender a população de São Gonçalo e Itaboraí.
O Plano Diretor Metroviário citado no estudo técnico preliminar da Companhia de Transportes sobre Trilhos também cita a expansão da linha 4, que atualmente liga Botafogo, na Zona Sul, ao Jardim Oceânico, na Zona Oeste. Foi constatado que o uso da Alvorada como terminal permitiria a consolidação da rede e as transferências com a linha Alvorada-Cocotá.
O estudo cita ainda o prolongamento da linha 4 entre a Alvorada e o Recreio dos Bandeirantes, como forma de alternativa à demanda de passageiros do BRT.
Segundo o diretor do FGV Transportes, Marcus Quintella, mesmo que ainda esteja em etapas preliminares, a iniciativa é importante, mas é necessário ter atenções em questões econômicas.
O plano indicou, inicialmente, a necessidade de expansão de pelo menos 140 km da rede metroviária, com um orçamento estimado de R$ 79,4 bilhões. No entanto, uma análise da pré-viabilidade econômica, financeira e da capacidade de investimento do Estado, recomendou a implantação de 110 Km de rede, com um custo de R$ 57,8 bilhões.