Governo apura se recurso de obras no Maracanãzinho foi usado para pagar tenista

Novak Djokovic recebeu uma quantia para participar de um jogo com o tenista Guga Kuerten, além do jogo de exibição "Amigos do Pet" e para fazer uma visita à favela da Rocinha, na Zona Sul

Por João Videira (sob supervisão)

Novak Djokovic veio ao Brasil após negociação de US$ 1,1 milhão em cachê
REUTERS/Eric Gaillard

O Governo do Rio apura a transferência de recursos públicos das obras no ginásio do Maracanãzinho que foram destinados para a contratação do tenista Novak Djokovic em 2012. O valor chegou a US$ 1,1 milhão.

O esportista recebeu a quantia para participar de um jogo com o tenista Guga Kuerten, além do jogo de exibição "Amigos do Pet" e para fazer uma visita à favela da Rocinha, na Zona Sul. 

No último dia 13, o executivo estadual instaurou uma força-tarefa para apurar a transferência de valores da Superintendência de Desportos do Estado do Rio para a Secretaria de Esportes e Lazer, que fez o pagamento ao tenista. 

A descentralização de recursos já foi alvo de dois processos internos do governo, um que data de 2012 e outro de 2017. Nos documentos, pareceres de auditores afirmam que "o objeto da descentralização não foi fielmente cumprido" e que houve incorreta aplicação de recursos. Os repasses somaram R$ 1,232 milhão, valor acima do que foi pago ao tenista. 

À época, a Secretaria de Esportes e Lazer justificou a contratação sem licitação citando outras contratações de tenistas famosos e a necessidade de preparação de pessoal para grandes eventos esportivos, já que a capital fluminense receberia em 2016 a Olímpiada. A secretaria ainda afirmava que o contrato garantia a reparação do espaço se fosse preciso.

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