O Google e os usuários do aplicativo "Simulador de Escravidão" podem ser responsabilizados pelo uso da plataforma de cunho racista. De acordo com a Defensoria Pública do Rio, o app que era disponibilizado na loja Google Play, tinha boa avaliação e diversos comentários criminosos.
O jogo oferecia aos usuários a opção de trocar e vender escravizados, além de extrair lucro do trabalho deles. Na imagem de divulgação, homens negros eram representados trabalhando ao redor de um homem branco.
A defensora pública e coordenadora de Promoção de Equidade Racial do órgão, Daniele Silva, explica que o órgão vai seguir apurando o caso em conjunto com a Polícia Federal.
O app foi removido do Google Play na tarde de quarta-feira (24), após uma série de denúncias nas redes sociais
Nos comentários, um usuário disse que ainda faltavam mais opções de tortura. Na descrição do produto, os desenvolvedores afirmavam que o aplicativo foi criado para "fins de entretenimento" e que "condenam a escravidão no mundo real".
Em nota, o Google disse que não permite qualquer app que incite ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica. A empresa também destacou a importância de denunciar conteúdos criminosos encontrados na plataforma.
