Golpista de 23 anos é preso em flagrante em Ipanema, Zona Sul do Rio

Patrick Ricciati Andrade da Silva aplicava o "golpe do presente", colocando valores 100 vezes maiores que a taxa de entrega informada

João Boueri*

Homem visitava vítimas com informações obtidas previamente Reprodução
Homem visitava vítimas com informações obtidas previamente
Reprodução

Um homem de 23 anos é preso em flagrante depois de aplicar o ''golpe do presente'' na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Patrick Ricciati Andrade da Silva vai responder pelo crime de estelionato.

Segundo a Polícia Civil, ele abordava as vítimas previamente identificadas com a promessa de entregar um presente mediante pagamento de taxa de entrega. Na máquina de cartão, o estelionatário colocava um valor até 100 vezes acima do informado.

A Polícia já investigava a prática no Rio de Janeiro, depois do início do crime em São Paulo. Patrick Ricciati disse em depoimento que teve que começar a aplicar o golpe no Rio, depois que as pessoas já começaram a perceber a dinâmica do delito em São Paulo.

Em Ipanema, o paulista tentou cometer o crime contra uma idosa que percebeu quando o aplicativo do banco bloqueou a compra, diante do alto valor. Ela acionou a Polícia. O celular de Patrick também foi apreendido e a Delegacia do Leblon identificou diversas conversas com endereços de pessoas, descrição do que gostam e possíveis entregas simuladas para aplicar o golpe. A Polícia acredita que o crime recebe apoio de entregadores cadastrados em aplicativos para repassar as informações de vítimas.  

A delegada Daniela Terra explica que o homem cobrava uma taxa de entrega de R$ 15, mas acaba colocando R$ 15 mil na máquina de cartão.

Segundo o autor, esse golpe está tão batido em São Paulo que tiveram que vir ao Rio de Janeiro. Fala que tem presente pra ser entregue com taxa de R$ 15,00. As vítimas, na curiosidade de ver o presente, acabam pagando o valor. Os criminosos tentam distrair as vítimas que acabam pagando R$1.500. Eles tinham várias máquinas e vários cartões. Identificamos conversas em que o criminoso e mais um homem ainda não identificado falam sobre novas vítimas, explica a delegada.

Patrick Ricciati utilizava a moto do primo, que já foi chamado para prestar depoimento, mas ainda não está no Rio de Janeiro. Eles são de São Paulo.

O criminoso já respondeu por dois furtos, uma receptação e uma adulteração de veículo em São Paulo.

As investigações seguem para identificar outras vítimas do crime.

*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes

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