Uma reunião de conciliação deve ser realizada no dia 21 para debater a troca de gestão do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Estado do Rio.
Segundo a entidade, além de representantes do sindicato, também vão participar do encontro membros do Ministério da Saúde e do Grupo Hospitalar Conceição, empresa público-federal que vai assumir a gerência da unidade.
A decisão da alteração da gestão foi publicada no Diário Oficial da União e começou a valer na terça-feira (15).
Desde o dia 2 de outubro, servidores do hospital realizam protestos contra a descentralização. Nesta quarta-feira (16) o grupo seguiu acampado em frente a unidade. Eles querem impedir que o Grupo Hospitalar Conceição assuma a administração do local.
Na terça (15), 80 funcionários vindos de Porto Alegre tentaram acessar o prédio para assumir as funções, mas foram impossibilitados. Houve tumulto no local e a Polícia Federal foi acionada. Representantes do grupo afirmaram que retornariam nesta quarta, mas não apareceram na unidade.
A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Christiane Gerardo, afirma que a ocupação não tem previsão para terminar.
Segundo ela, a expectativa dos funcionários é obter um parecer favorável a eles na reunião de conciliação.
Na terça, Justiça Federal emitiu um mandado de urgência para que os manifestantes desocupassem o prédio, permitindo a entrada de pacientes e servidores. A multa em caso de descumprimento foi fixada em R$ 50 mil por dia. O sindicato afirmou que vai pagar o valor.
O Grupo Hospitalar Conceição é uma empresa pública-federal ligada ao Ministério da Saúde. A companhia gerencia quatro hospitais, um centro de oncologia, uma UPA, doze postos de saúde e uma escola de formação no Rio Grande do Sul.
Dos 412 leitos, 210 não estão funcionando por conta do sucateamento do hospital. A emergência está fechada desde a pandemia. A previsão do Ministério da Saúde é de que a unidade volte a operar totalmente em 45 dias.