Gestão do Hospital Federal de Bonsucesso deve ser debatida em reunião de conciliação no dia 21

A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Estado do Rio

Por Maria Eduarda Vieira

Hospital de Bonsucesso faz parte da rede federal de saúde no Rio
Imagens cedidas

Uma reunião de conciliação deve ser realizada no dia 21 para debater a troca de gestão do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Estado do Rio. 

Segundo a entidade, além de representantes do sindicato, também vão participar do encontro membros do Ministério da Saúde e do Grupo Hospitalar Conceição, empresa público-federal que vai assumir a gerência da unidade. 

A decisão da alteração da gestão foi publicada no Diário Oficial da União e começou a valer na terça-feira (15).

Desde o dia 2 de outubro, servidores do hospital realizam protestos contra a descentralização. Nesta quarta-feira (16) o grupo seguiu acampado em frente a unidade. Eles querem impedir que o Grupo Hospitalar Conceição assuma a administração do local. 

Na terça (15), 80 funcionários vindos de Porto Alegre tentaram acessar o prédio para assumir as funções, mas foram impossibilitados. Houve tumulto no local e a Polícia Federal foi acionada. Representantes do grupo afirmaram que retornariam nesta quarta, mas não apareceram na unidade.

A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Christiane Gerardo, afirma que a ocupação não tem previsão para terminar.

Segundo ela, a expectativa dos funcionários é obter um parecer favorável a eles na reunião de conciliação.

Na terça, Justiça Federal emitiu um mandado de urgência para que os manifestantes desocupassem o prédio, permitindo a entrada de pacientes e servidores. A multa em caso de descumprimento foi fixada em R$ 50 mil por dia. O sindicato afirmou que vai pagar o valor. 

O Grupo Hospitalar Conceição é uma empresa pública-federal ligada ao Ministério da Saúde. A companhia gerencia quatro hospitais, um centro de oncologia, uma UPA, doze postos de saúde e uma escola de formação no Rio Grande do Sul.

Dos 412 leitos, 210 não estão funcionando por conta do sucateamento do hospital. A emergência está fechada desde a pandemia. A previsão do Ministério da Saúde é de que a unidade volte a operar totalmente em 45 dias. 

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