As Indústrias Nucleares do Brasil afastou uma gerente de comunicação da empresa acusada de racismo e transfobia contra um candidato a uma vaga na estatal. O caso teria ocorrido no último dia 13 na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende, no Sul Fluminense.
De acordo com a denúncia, realizada pelo Sindicato dos Mineradores de Brumado e Microrregião, ao saber que o aprovado no concurso público era um homem trans negro, a gerente teria usado palavras desrespeitosas e afirmado que a contratação de um candidato negro e transgênero traria "vergonha à empresa".
Ainda segundo os relatos, ela também teria dito que se ele fosse contratado, o demitira após três meses de trabalho.
O caso foi encaminhado para o Ministério Público do Rio e para a Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Resende. A denúncia também é investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Em nota, a Indústrias Nucleares do Brasil afirmou que não coaduna com nenhum ato de discriminação e que uma apuração interna já está sendo conduzida pela estatal. Ainda segundo a INB, todos os processos de admissão de concursados estão ocorrendo normalmente.