Gastos com educação e alimentos crescem no Brasil

Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, por exemplo, são capitais com variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor acima da média nacional, que ficou em 1%, em 12 meses

Carlos Briggs

Inflação é de 1,01% em fevereiro puxada pelo aumento dos gastos com educação Lucas Fermin/SEED/AEN-PR
Inflação é de 1,01% em fevereiro puxada pelo aumento dos gastos com educação
Lucas Fermin/SEED/AEN-PR

Fevereiro registra a maior inflação para o mês desde 2015. O acréscimo de 1,01% foi puxado pelo aumento dos gastos com educação, além das despesas com alimentos e bebidas. O aumento foi observado pelo IBGE, na comparação com janeiro.

A colunista de Economia da BandNews FM, Juliana Rosa, destaca que a inflação, que ficou acima do esperado, pode subir ainda mais com a Guerra da Ucrânia.

Nos gastos escolares pesaram mais no bolso das famílias brasileiras, as mensalidades com ensino fundamental, que tiveram alta de 8,06%. Contribuíram para esse aumento, os reajustes praticados no início dos anos letivos.

No setor de alimentos, o IBGE divulgou o que o brasileiro já constatava nas prateleiras dos supermercados. Alta nos legumes. Sobretudo a cenoura, com acréscimo de 55,41%, e a batata-inglesa, com aumento de 23,49%. No caso da cenoura, as variações foram desde 39,26% em São Paulo, até 88,15%, em Vitória. 

A saída pode ser substituir os alimentos mais caros por outros mais em conta. A aposentada Eucenir Gonçalves conta que quando não pode fazer a substituição, não compra, por exemplo, cenoura.

O frango foi o alívio no orçamento da família brasileira. Houve queda no preço de 2,29%. Na venda do alimento em pedaços, o valor caiu 1,35%. 

Além de educação e comida, viver no Brasil também ficou mais caro. Quem é inquilino sentiu no bolso variação de 0,98% nos alugueis. Os condomínios também aumentaram 0,83%, em fevereiro deste ano.

A advogada Érica Resende mora de aluguel na Zona Sul do Rio e viu na redução de despesas não essenciais a saída para manter o contrato de locação.

Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo estão entre as capitais com variação do IPCA acima da média nacional.

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