O gás de cozinha atinge o preço mais caro do século para o consumidor em abril. A informação é do Observatório Social da Petrobras, entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros.
O levantamento elaborado pela organização utiliza dados da Agência Nacional do Petróleo e leva em consideração valores nominais e reais, ajustados à inflação. De acordo com a ANP, na última semana, o valor médio do botijão de 13kg no país chegou a R$ 113,48.
Segundo o estudo do observatório, a marca representa 9,4% do salário mínimo, sendo esse o patamar mais elevado desde março de 2007, quando o produto custava R$ 33,06 e o salário mínimo era de R$ 350.
A pesquisa da entidade também mostrou que o gás de cozinha já tinha alcançado em março, sob o valor de R$ 109,31, o maior preço médio real da série histórica, que teve início em julho de 2001, quando a ANP começou a divulgar os valores do GLP. Antes disso, o recorde tinha sido registrado em novembro de 2021, com o preço médio de R$ 106,50.
Um outro levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos da Federação Única dos Petroleiros revelou que o atual salário mínimo, de R$ 1.212, compra apenas onze botijões de gás de 13 quilos, abaixo dos 16 botijões em 2012. Na gasolina, em 2022, são em média 167 litros, volume inferior aos 227 litros de dez anos atrás. Já no diesel, os atuais 180 litros estão muito aquém dos quase 300 litros do período anterior.
Na análise da FUP, esse é o menor poder de compra do brasileiro no segmento de combustíveis em mais de uma década. A pesquisa leva em consideração dados da Agência Nacional de Petróleo.